E não falar de amor?
E não dizer de mim?
Então é melhor morrer
Não sei viver assim.
Se não tenho o que se chama de Amor
Se não digo o que quero dizer
Então que se desfaça o nó
Que em minh’alma viste a fazer.
Se não compreende a minha vida
Se não entende o meu olhar
Que faço aqui meu senhor?
Se não posso ao menos sonhar?
Se não posso dizer o que sinto
Se sinto o que não posso dizer
Apodreço, morro, minto
Não tenho razão de ser.
Se o infinito é parte da Vida
E a vida parte do Ser
Então que se divida a vida
Antes do amor e depois de você!
Bethânia Loureiro
Em pensar que estamos nessa vida há tanto tempo não é mesmo? E as outras que ainda estão por vir??
ResponderExcluirQuantas coisas a passar, viver, sentir, sofrer...
Florbela Espanca já eternizou no poema "Frieza":
ResponderExcluirOs teus olhos são frios como espadas,
E claros como os trágicos punhais;
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!..."
Então, viver neste mundo sem amar, sem expor seu sentir é a pior coisa que existe...E viver sem ter vida, sem sentir...
Lindo mesmo o poema de Florbela! É isso mesmo Roseli, passar por essa vida sem se entregar...é desperdiçar vida né Vivi?!
ResponderExcluirViver é a entrega!