sábado, 22 de janeiro de 2011

Eu queria ser ...





Eu queria ser um pássaro...
Para poder voar
Para poder sobrevoar o infinito que é teu “eu”
Queria ser apenas uns minutos de chuva
Para lavar tua alma
E apagar essa chama que é a tua solidão
Queria ser um raio de sol
Atravessar barreiras
E luzir tua vida
Queria ter o poder
De tocar tua alma
E tirar essa dor
Do teu coração
Queria cicatrizar a ferida
Que fere tua vida
E que te faz chorar
Queria arrancar do teu peito
Essa mágoa delirante
Queria despir tua alma
Tocá-la, deixá-la nua, pura, sem dor...
Definitivamente
Queria que você pudesse querer...
Bethânia Loureiro

sábado, 15 de janeiro de 2011

Meu Pranto

 
Pranto. Revolta.
Uma dor que me transporta
Para bem longe daqui.
Lugar de minha autoria
Que saio da vida vazia
Para lá me encontrar
Saio daqui de fato
Para o meu mundo abstrato
Que até lá só eu posso chegar.

Saio dessa minha órbita
E adiante encontro uma porta
Que ao abrir sinto um vento
Que, pondo-me ao relento
Sinto-me regressar...

Volto à velha alma
Que dela tinha fugido
A me ver triste e perdido
Novamente me vejo a chorar.
Bethânia Loureiro

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Quando te amo


As vezes quando te amo
Penso não encontrar o amor
Penso que o pensamento desvia
E que as lembranças causam-me dor

Eu também chego a pensar
Que algo alterou entre nós
Que o coração silencia
E chega a calar nossa voz

Às vezes quero dizer
Mistérios de dentro de mim
Mas não sei como hei de dizer
Pois não sei como os faço sair

Quero dizer-te dos meus
Quero escutar tua voz
Quero que explique pra mim
Um pouco mais sobre nós

Quero que diga a verdade
Se é que a sabe dizer...
Quero que se sinta à vontade
Não precisa nada esconder.

Se esconder, sei que vou descobrir
Se mentir, não vou perdoar
O amor é às vezes assim
Então é melhor se calar.
Bethânia Loureiro