sábado, 21 de maio de 2011

Pupilas Subjugadas


Me diz que não foi ilusão
Que não foi mentira

Nossas pernas enroscadas
Em passos leves
A flutuar.
Nossas línguas presas
Em palavras doces
Meigas e suaves.

Minhas pupilas subjugadas
Ao brilho das suas.
Nossos poros exalando
 Desejo de carne
Fogo na pele
Sumo de amor

Me diz que  foi mentira.
Que foi ilusão.
Seu passo sumindo
Essa distância...
Dessa sua voz rouca
E eu aqui quase louca
 Te vendo partir

Quando o dia amanhece
Quando o sol aparece
E minha voz enternece
Pedindo-te: Fica!!!
Esse desespero morno
Que me gela a alma
Que me tira a calma
Me fazendo minar

Eu que  sempre espero
Que a noite apareça
Que você me enlouqueça
E que possa ficar

Que de novo se enrosque
Em minha fala  nua
Que de novo destrua
 O que me insiste em doer

E que novamente me fale
De amor e luar
De sol e minúcias
E reconheça as carícias
Que guardo só pra você.

Bethânia Loureiro






5 comentários:

  1. Hummmmmmmm!! Deveras sugestivo! Rs rs Coisa de poetisa mesmo... Adorei.

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  2. Obrigada Vivi e Malú, pela visita e pelos comentários!
    Nuno, é uma honra tê-lo por aqui.
    beijoss

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  3. Oi, Bethânia!

    tinha um tempinho que não "passava" pelo seu cantinho...você está escrevendo cada dia melhor...
    Bj

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