sábado, 23 de abril de 2011

Palavras de anjos



( Para minha filha Marcela)

Fruta minha, flor do dia, dos meus dias...
Canto ao vê-la
Transparente e alva à luz da lua.
Alma benfazeja que aquece minhas horas
Que me encanta a alma
Acelera minha calma
E me devolve pra mim.
Tu és ponte.
Fonte de luz que me comove os olhos
Quando reproduz no mundo
Parte do que sou.

Cutuco palavras,
Na pretensão de que descrevam
Meus sentimentos em versos azuis.
Mas meu intento é sempre falho
Pois descobri que palavras de anjos, cutucadas
Viram estrelas
E enfeitam o céu dos deuses.

Bethânia Loureiro

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Uma carta de amor


Não te quero meu servo. Te quero meu amor.
Não percebi que o fiz sentir-se assim.
Me perdoe pela falta de sensibilidade.
Pela falta de compostura.
Pela falta de desejo...
Não ignoro você!
 Ignoro a mim mesmo.
Por partes de mim que não gostaria que existisse.
Não tenho forças para transformá-las. Somente as cultuo.
Apenas me debato dentro do meu mundinho.
Do meu silêncio estúpido. E ele é, inúmeras vezes, confuso demais pra mim.
Não posso suportar seu julgamento.
Queria dias menos pesados que o de hoje.
Queria pensamentos mais lentos. Mente mais quieta.
Meu coração não tem nada de tranqüilo nesse instante.
Curvo-me diante de tantos pesos que insisto em carregar.
Não posso te prometer mais do que o meu simples fato de existir.
Desse mesmo jeito, sem grandes virtudes, sem formas especiais.
Não posso te prometer umidade, porque minha alma sofre de sede...
Não posso te acalentar mais o espírito, sou desamparada por natureza.
Minha alma sofre, mas não posso mais vestir uma fantasia que não me serve.
Tento sufocar agora muitos soluços para que nunca descubram o debater de minha alma dentro desse corpo que nem sinto que é meu.
Busco acalmar meu saco de lembranças...
Quero prazeres antigos. O cheiro, o gosto.
Merecias alguém melhor. Com menos angústias existenciais. Com menos solidão no peito.
Meu vazio hoje está ampliado.
Não posso medir meu caminho, ele tem a medida dos meus passos que insistem em andar por avenidas que nem ao menos reconheço.
O vazio mora aqui.

 Bethânia Loureiro

sábado, 2 de abril de 2011

Resíduo


Hoje resolvi fazer diferente. 
Artes belas, que inspiram a vida da gente.
Inspirem-se também!!
bjos
Bethânia Loureiro


Resíduo